
Com o vento no rosto e as mãos despidas
detemo-nos e escutamos
um murmúrio de vozes muito antigas.
Aos nossos pés tombam palavras
fatigadas de saberem tantos mares.
É quando as aves saem da paisagem,
um manto de espuma cobre a praia
e uma janela se abre sobre o tempo
que somos. O corpo esse nos sobra
dorido e persistente guardador
das marcas de água ou do nosso rasto.
ROSINEI ANDRADE
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