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quarta-feira, 7 de abril de 2010

VENTO NO ROSTO


Com o vento no rosto e as mãos despidas
detemo-nos e escutamos
um murmúrio de vozes muito antigas.
Aos nossos pés tombam palavras
fatigadas de saberem tantos mares.
É quando as aves saem da paisagem,
um manto de espuma cobre a praia
e uma janela se abre sobre o tempo
que somos. O corpo esse nos sobra
dorido e persistente guardador
das marcas de água ou do nosso rasto.

ROSINEI ANDRADE

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